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Canadense faz campanha no Twitter para achar cão perdido em voo de Cuba
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Maria Carolina Abe

O sumiço de Bruno gerou uma campanha no Twitter neste fim de semana, com a hashtag #findbruno.

Este é Bruno, um cão da raça Bernese Mountain Dog (também chamado de boiadeiro bernês). Ele viveu em Cuba por quase três anos com o dono, Stephen Wicary, um jornalista canadense da agência Bloomberg, e a mulher de Wicary.

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‘Bruno aproveitando seus últimos dias nos trópicos’, diz Wicary, sobre Cuba

Stephen voltou para o Canadá há cerca de um mês. Sua mulher voltou depois, no último sábado (13), trazendo Bruno, em um voo da companhia aérea Cubana de Aviación, de Varadero (Cuba) para Montreal (Canadá).

Os três se reencontraram e viveram felizes para sempre. Só que não.

Ao buscar a mulher do aeroporto, Wicary se deu conta de que o cachorro tinha sumido. Como era final de semana, teve dificuldade de conseguir ajuda por telefone e acabou apelando para o Twitter, no domingo (14).

Em poucas horas, sua mensagem se espalhou e criou-se uma campanha na rede social para encontrar Bruno.

Telefone sem fio (ou jogo de empurra-empurra)

Começou, então, um “telefone sem fio”. No aeroporto cubano, um amigo de Wicary foi informado de que o cão tinha, sim, sido despachado.

Já o aeroporto canadense informou que Wicary deveria entrar em contato diretamente com a companhia aérea. Bruno, encontrou um problema, porém: os telefones da Cubana só funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. “Enfurecedor”, escreveu.

Buscando chamar a atenção dos funcionários do aeroporto canadense, o Toronto Pearson, ele publicou um tuíte citando a empresa e pediu para os demais internautas espalharem a mensagem. Foram centenas de compartilhamentos e comentários.

Funcionários do aeroporto canadense entraram em contato com o jornalista e começaram a responder mensagens também pelo Twitter. Porém, deram uma resposta não muito animadora: depois de uma busca, não encontraram o cão.

“Nos sentimos desamparados, impotentes e inconsoláveis. E enojados com as falhas no sistema de tráfego aéreo que permitiram que isso acontecesse”, escreveu Wicary.

Depois de horas de informações desencontradas, finalmente Wicary descobriu o que tinha acontecido: Bruno foi colocado no voo de Varadero para Montreal, mas, ao chegar ao destino, alguém esqueceu de desembarcar o cão, que voou de volta para Cuba.

Bruno foi localizado, deram água para ele e o colocaram em um novo voo para o Canadá. Wicary foi buscá-lo em Montreal, por volta das 16h. No fim, ufa!, deu tudo certo.

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Bruno, no reencontro com a família, no aeroporto de Montreal

Comoção entre os cachorros

O caso gerou comoção entre outros cachorros, que “postaram” fotos na rede social lamentando o ocorrido e demonstrando alívio com o final feliz. 

“Contando ao Digby sobre o que aconteceu com o Bruno. Ele não consegue acreditar também”


 

"Vamos ter uma festa de cães sorrindo para comemorar"


 

"Buddy Dog manda lembranças a Bruno e recomenda uma máscara de lama para desestressar"


 

"A reação de Molly ao ouvir sobre as desaventuras de Bruno. Contente que vocês estejam reunidos e que ele esteja bem"


 

"Encontrado!"


 

"Casey ficou tão feliz de ouvir que Bruno conseguiu chegar bem ao Canadá! Um grande sorriso para Bruno!"


 

"Até o nosso gato se recusa a ouvir a história de Bruno! Tão contente em saber que ele está em casa!"


 

"Quincy ficou muito feliz ao saber que Bruno chegou bem em casa!!"


 

"Maggie muito feliz ao saber de Bruno!"


 

"Bem-vindo, Bruno!"


 

"Ernie e Tucker ficaram chocados ao sabre da terrível jornada de Bruno!"


 

"Não queria postar nada até confirmarem o final feliz, mas Oscar está cheio de alegria!"


 

"Contente que Bruno chegou em casa!"


Em Cuba, até raça de cachorro sofreu com embargo
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Maria Carolina Abe

Luke, da raça Bichon Havanês, nasceu no Brasil e é neto de uma cadela que veio de Cuba

Luke, da raça Bichon Havanês, nasceu no Brasil e é neto de uma cadela que veio de Cuba


Pequeno, carinhoso, saltitante e com longos pelos, o Bichon Havanês já foi considerado o cão nacional de Cuba e a única raça nativa da ilha.

O cãozinho tem pelagem farta, leve e macia, comparável a fios de seda, que funciona como uma capa para proteger do sol. Ele é uma mistura de duas outras raças: “Blanquito de La Havana” (Branquinho de Havana), que desapareceu, e Poodle.

Segundo estudiosos, o Bichon Havanês se popularizou em Cuba no século 18. Por sua beleza, tamanho e por ser extremamente dócil, virou mascote da alta sociedade.

Com a Revolução Comunista liderada por Fidel Castro, a história do cachorrinho sofreu uma reviravolta. Em meio ao embargo à ilha, os criadores desapareceram e poucas famílias conseguiram manter seu cãozinho. A raça foi excluída de concursos e deixou de ser preservada. Aos poucos, foi desaparecendo do país caribenho.

Por outro lado, seus descendentes proliferaram nos Estados Unidos. Alguns criadores, ricos, fugiram de Cuba para os EUA na época da Revolução. Diz a lenda que conseguiram levar consigo apenas 11 exemplares do Bichon Havanês. Eles foram se reproduzindo, reproduzindo, reproduzindo, e deram origem a todos os que existem hoje em território norte-americano. Atualmente, o Bichon Havanês é um dos cães mais populares em Nova York.

Um cachorro pra chamar de seu

A origem cubana do Bichon Havanês é reconhecida pela American Kennel Club, a entidade dos EUA que estabelece padrões para cada raça. Já o órgão mundial, a Fédération Cynologique Internationale, afirma que o cão teve origem na região do Mediterrâneo, e que Cuba foi somente um local de desenvolvimento.

Pode parecer bobagem, mas o assunto ganhou grandes proporções. Virou tema de destaque no principal periódico do país, o jornal estatal “Granma”. “(…) tirou de Cuba o patrimônio de sua única raça genuína (…). Desde então, defensores trabalham para recuperar o reconhecimento perdido”, afirma o jornal, em reportagem de 12 de novembro.

O fim do embargo à ilha deve acelerar um novo capítulo na história do animal. Em 1991, um grupo de criadores cubanos começou um programa genético para popularizar novamente a criação do Bichon Havanês. A esperança deles é que, no Campeonato Panamericano em 2015, consigam recuperar o status que o cão já teve um dia: uma raça originalmente cubana.

Chiquinho Scarpa aprova

O empresário Chiquinho Scarpa é um dos mais famosos proprietários de cães da raça Bichon Havanês no Brasil. São dois cãezinhos que atendem pelo nome de Filomena Leopoldina Nicolau Scarpa e Pacheco Pafúncio Nicolau Scarpa.

Os animais costumam aparecer nas fotos que o conde publica em sua página no Facebook.

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Filomena Leopoldina Nicolau Scarpa e Pacheco Pafúncio Nicolau Scarpa, no Facebook do conde

 

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