Rede de hotéis de luxo nos EUA contrata cães para receber hóspedes e bichos
Maria Carolina Abe
Charles, Dorothy, Daphne, Bosco, Posh Parker e Mr. Hershey Diego. São todos funcionários da rede de hotéis de luxo Kimpton, nos Estados Unidos. Funcionários de quatro patas, diga-se de passagem.
Em 2000, a empresa começou a “contratar” cães como diretores da área de Pet Relations (Relações Pets, em tradução livre). Atualmente, são seis os diretores caninos.
Entre suas funções estão recepcionar os hóspedes no lobby do hotel e testar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos bichos –todos os hotéis da rede aceitam pets.
“É a nossa maneira de deixar os hóspedes e animais de estimação à vontade assim que entram por nossas portas”, diz a empresa.
Clique para ver a rotina do cão Charles no hotel Monaco
Programa Pet Relations
O primeiro cão da rede Kimpton foi Lily Sopris, uma Jack Russell Terrier de quatro meses, no Hotel Monaco, em Denver (Colorado). Ela ia todos os dias ao hotel com a dona, a diretora de Vendas e Marketing Caroline Czirr.
Em vez de ficar embaixo da mesa, Lily ia para o lobby receber os hóspedes. Assim, tornou-se uma das funcionárias mais queridas dos clientes.
A popularidade de Lily levou outros hotéis da rede a adotar a ideia.
Os diretores de Pet Relations são sempre cães de um funcionário do hotel, seja da recepção ou de qualquer outra área. Os bichos precisam ser amáveis e obedientes e saber quando é hora de se aproximar do hóspede e quando é melhor “cair fora”.
Quantos eles recebem? Segundo a empresa, eles ganham “um generoso salário na moeda mais valiosa para os cães: petiscos gostosos e carinho na barriga”.
A propósito, a pioneira Lily Sopris se aposentou, após sete anos de serviço.
Hotel-butique
Ao todo, a rede Kimpton tem 66 hotéis-butique (pequenos e de alto luxo) em 30 cidades dos Estados Unidos.
Todos aceitam hóspedes com cães de qualquer raça ou tamanho. “Se seu pet cabe no elevador, então ele é bem-vindo”, brinca a empresa. Também não há restrição ao número de pets por hóspede.
Não há cobranças adicionais para quem leva animais, mas é preciso informar isso na hora da reserva. Há andares destinados a quem chega com animais de estimação, e a quantidade de quartos varia de um lugar para o outro.
O preço da diária varia de acordo com a cidade, o hotel e o período. O Pet Money fez uma simulação de hospedagem no Muse Hotel, em Nova York, e encontrou diárias entre US$ 187 (R$ 585) e US$ 427 (R$ 1.335) em julho por lá.
Todos os ambientes –exceto os restaurantes– são “pet-friendly”. Após o check-out, as acomodações são “impecavelmente higienizadas”, segundo a empresa.
Produtos e serviços para os pets
Os hóspedes de quatro patas têm uma recepção especial: biscoitinhos, água fresca e cartaz de boas-vindas na recepção.
O hotel oferece caminha, brinquedos, mordedores e recipientes para ração e água. O proprietário precisa levar o que mais achar necessário para seu animal.
Se o dono precisa sair para trabalhar, os hotéis dispõem de “dog walkers” que levam os cães para passear duas vezes por dia, sem cobrar por isso.
Se o hóspede quiser um pet-sitter em tempo integral ou veterinário, por exemplo, o hotel indica profissionais na região. O diretor de Pet Relations também pode indicar uma lista de atrações e estabelecimentos pet-friendly.
Para quem não leva pet, o hotel “empresta” um peixinho dourado para fazer companhia –o programa se chama “Guppy Love”.
Pinguim e bicho-preguiça
Não só cães (e gatos) se hospedam nos hotéis da rede.
O leitãozinho Schnitzel visitou o Hotel Monaco, em Denver (Colorado).
Em 2012, o mesmo hotel também recebeu a visita dos pinguins Pete e Penny e do bicho-preguiça Tess, do parque temático SeaWorld San Diego Humboldt.
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