Cão arruma novo emprego em aeroporto: farejar alimentos e plantas em malas
Maria Carolina Abe
Não é de hoje que os cães são usados pela polícia nos aeroportos para farejar drogas escondidas em bagagens. Agora, porém, eles terão uma nova função: ajudar a controlar a entrada de alimentos e plantas vindos de outros países, prática proibida pelo Ministério da Agricultura.
O primeiro encarregado da função é o labrador Romeu, que trabalha na fiscalização agropecuária desde o início deste ano no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília.
Durante todo o expediente, ele é acompanhado pelo fiscal agropecuário Márcio Micheletti. “Fiz várias capacitações no Exército e Receita Federal para aprender a treinar e a conduzir o Romeu”, conta.
A missão do labrador é cheirar as malas e evitar que entrem no país produtos, subprodutos, derivados e partes de animais e vegetais que possam transmitir pragas e doenças. Por ano, são cerca de 150 toneladas de produtos agropecuários apreendidos.
O projeto ainda está em fase experimental e a previsão é que comece oficialmente em março, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Romeu deve estar pronto para trabalhar a todo vapor durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, período em que muitos turistas devem chegar ao país.
Neste mês, o cão ganhou uma “companheira” de trabalho: a labradora Jazz, de 2 anos, que está sendo treinada para começar a trabalhar em alguns meses.
Eles também são fofos
O faro apurado não é o único requisito para o cargo ocupado por Romeu e Jazz. Eles também foram escolhidos porque são fofos. A aparência amigável do cão é fundamental em ambientes muito movimentados, como um aeroporto.
“Os cães farejadores se mostram eficientes na inspeção de bagagens de passageiros nos principais pontos de ingresso no país, como portos, aeroportos e fronteiras. Além disso, eles contribuem para melhorar a imagem das instituições que os utilizam por terem forte apelo carismático junto à população”, disse a fiscal federal Diana Côrtes, que trabalha no projeto.
Ao todo, devem ser formadas 14 equipes (com um cão e seu condutor) ao longo dos próximos quatro anos.
O que Romeu e Jazz devem barrar?
Romeu e Jazz vão estar alertas para impedir que entrem no Brasil vegetais e animais vivos, seus produtos e subprodutos, pois podem trazer pragas e doenças de outros países para cá.
Não podem vir na mala, por exemplo:
- doce de leite, queijos e iogurtes
- carnes cruas, embutidos e carnes enlatadas
- vegetais e frutas
- mel
- mudas ou sementes
Podem vir na mala, sem problemas:
- chocolates
- vinhos
- azeite de oliva
- bebidas em geral (sucos, chás e refrigerantes)
- compotas e doces em conserva
- azeitonas em conserva, picles e geleias
Clique nas fotos abaixo e veja mais exemplos do que pode e não pode.
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