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Em Cuba, até raça de cachorro sofreu com embargo
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Maria Carolina Abe

Luke, da raça Bichon Havanês, nasceu no Brasil e é neto de uma cadela que veio de Cuba

Luke, da raça Bichon Havanês, nasceu no Brasil e é neto de uma cadela que veio de Cuba


Pequeno, carinhoso, saltitante e com longos pelos, o Bichon Havanês já foi considerado o cão nacional de Cuba e a única raça nativa da ilha.

O cãozinho tem pelagem farta, leve e macia, comparável a fios de seda, que funciona como uma capa para proteger do sol. Ele é uma mistura de duas outras raças: “Blanquito de La Havana” (Branquinho de Havana), que desapareceu, e Poodle.

Segundo estudiosos, o Bichon Havanês se popularizou em Cuba no século 18. Por sua beleza, tamanho e por ser extremamente dócil, virou mascote da alta sociedade.

Com a Revolução Comunista liderada por Fidel Castro, a história do cachorrinho sofreu uma reviravolta. Em meio ao embargo à ilha, os criadores desapareceram e poucas famílias conseguiram manter seu cãozinho. A raça foi excluída de concursos e deixou de ser preservada. Aos poucos, foi desaparecendo do país caribenho.

Por outro lado, seus descendentes proliferaram nos Estados Unidos. Alguns criadores, ricos, fugiram de Cuba para os EUA na época da Revolução. Diz a lenda que conseguiram levar consigo apenas 11 exemplares do Bichon Havanês. Eles foram se reproduzindo, reproduzindo, reproduzindo, e deram origem a todos os que existem hoje em território norte-americano. Atualmente, o Bichon Havanês é um dos cães mais populares em Nova York.

Um cachorro pra chamar de seu

A origem cubana do Bichon Havanês é reconhecida pela American Kennel Club, a entidade dos EUA que estabelece padrões para cada raça. Já o órgão mundial, a Fédération Cynologique Internationale, afirma que o cão teve origem na região do Mediterrâneo, e que Cuba foi somente um local de desenvolvimento.

Pode parecer bobagem, mas o assunto ganhou grandes proporções. Virou tema de destaque no principal periódico do país, o jornal estatal “Granma”. “(…) tirou de Cuba o patrimônio de sua única raça genuína (…). Desde então, defensores trabalham para recuperar o reconhecimento perdido”, afirma o jornal, em reportagem de 12 de novembro.

O fim do embargo à ilha deve acelerar um novo capítulo na história do animal. Em 1991, um grupo de criadores cubanos começou um programa genético para popularizar novamente a criação do Bichon Havanês. A esperança deles é que, no Campeonato Panamericano em 2015, consigam recuperar o status que o cão já teve um dia: uma raça originalmente cubana.

Chiquinho Scarpa aprova

O empresário Chiquinho Scarpa é um dos mais famosos proprietários de cães da raça Bichon Havanês no Brasil. São dois cãezinhos que atendem pelo nome de Filomena Leopoldina Nicolau Scarpa e Pacheco Pafúncio Nicolau Scarpa.

Os animais costumam aparecer nas fotos que o conde publica em sua página no Facebook.

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Filomena Leopoldina Nicolau Scarpa e Pacheco Pafúncio Nicolau Scarpa, no Facebook do conde

 

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