Dono de franquia de lingerie quer transformar pet shop de luxo em nova rede
Maria Carolina Abe
De franquia ele entende. Fundou em 2008 a rede Outlet Lingerie, que vende calcinhas e sutiãs de coleções passadas de grandes fabricantes por preços mais baixos. Hoje, já são 109 lojas.
Agora, o empresário Mauricio Michelotto aposta no crescimento do mercado pet e pretende criar uma rede focada nos bichos das classes A e B.
Para começar, ele investiu R$ 200 mil para abrir um pet shop na rua Oscar Freire, nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. A ideia é atrair os endinheirados que moram na região e aqueles que circulam por ali com seus cãozinhos.
A inauguração do The Dog Spa foi no começo de junho, e o empresário espera fechar o primeiro mês já com R$ 30 mil de faturamento. Em seis meses, espera atingir R$ 100 mil. A palavra-chave, de acordo com Michelotto, é fidelização.
Mais bicho do que gente
A ideia de partir para o mundo dos animais de estimação surgiu há uns cinco meses, segundo Michelloto.
Um dos motivos foi a constante expansão desse mercado –o Brasil tem mais cachorros do que crianças, segundo dados do IBGE.
Também influenciou o fato de sua mulher, Ana Paula, já ter um pet shop em Moema, na zona sul de São Paulo, e experiência na prestação de serviços nesse ramo. “Tem cliente de lá que gasta R$ 3.000 com o bicho; eu não acreditei”, conta o empresário.
The Dog Spa
O pet shop The Dog Spa tem 100 metros quadrados, em dois pisos. Em cima fica o atendimento veterinário. Embaixo, ficam o espaço para banho e tosa –são cinco posições para banho e outras cinco para secagem ou tosa– e os produtos à venda.
Nos banhos, são usados apenas produtos da linha pet da Granado. Os preços ficam entre R$ 40 e R$ 70. A ideia é oferecer também ofurô e banho de sais para relaxamento dos pets.
As gaiolas onde os animais são colocados durante a espera não são de metal, como de costume, mas sim de vidro. A mudança tem a ver com o visual da loja, com o conforto do animal e também com a facilidade de higiene, segundo o dono.
Entre os produtos vendidos no ponto estão caminhas de fabricação exclusiva (custam por volta de R$ 360), brinquedos, petiscos e rações de linhas super premium.
O empresário aposta na prestação de serviços e nos produtos diferentes para lucrar.
“Nos produtos ‘commodities’, como ração, é preciso sacrificar a margem de lucro e oferecer preços iguais aos dos grandes varejistas do setor. O dono do pet compra a ração todo mês, então ele sabe qual é o preço. Se você colocar o valor mais alto, ele não vai comprar”, diz.
Nova rede de franquias
O objetivo é cuidar da papelada agora e, em cerca de três meses, Michelotto diz que deve colocar no mercado a nova rede de franquias. Seu foco, diz, são apenas os franqueados operadores, não os investidores.
“Acredito que pelo menos um terço dos meus atuais franqueados vai querer investir nesse novo negócio”, diz.
O empresário calcula que o investimento inicial do The Dog Spa gire em torno de R$ 200 mil e que o retorno seja obtido em 18 meses.
Segundo ele, o custo operacional do pet shop é mais alto do que da rede de lingerie porque a mão de obra precisa ser qualificada. Por outro lado, as margens de lucro são maiores na prestação de serviços do que na venda de produtos.
Além disso, na hora de preparar o ponto, é necessário investir em preparação elétrica (para aguentar tantos secadores funcionando ao mesmo tempo) e hidráulica, para que a água do banho seja “filtrada” antes de ir para o esgoto.
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