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Arquivo : cat café

Casal quer abrir cinema em Londres com gatos ‘de aluguel’ para brincar
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Maria Carolina Abe

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Cinema com gatos: vaquinha virtual quer arrecadar 55 mil libras

Imagine, após um dia de trabalho estressante, ir ao cinema para ver um filme, tomar um chá e relaxar com um gatinho fofo no colo? Essa é a ideia do casal Paula Siedlecka, 25, e William Piper, 24.

Eles lançaram uma vaquinha virtual para financiar o “Great Kitten”, que será “um lugar onde os ocupados moradores de Londres podem relaxar com uma xícara de chá, um pedaço de bolo e um filme, tudo isso na companhia de nossos gatos”, segundo o site do projeto. O casal afirma que esse será o “primeiro cat cinema do mundo”.

A proposta é abrir o cinema com gatos no bairro de Crouch End, no norte de Londres, Reino Unido.

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O projeto foi desenvolvido pelo casal William Piper, 24, e Paula Siedlecka, 25

A meta da vaquinha virtual é arrecadar 55 mil libras (cerca de R$ 262,5 mil). Até a noite desta segunda-feira, 74 pessoas haviam doado 2.020 libras (R$ 9.640), em cerca de um mês de campanha.

O casal diz ter se inspirado nos cat cafes, lugares aonde os clientes vão para brincar e fazer carinho nos gatinhos, enquanto tomam uma bebida ou fazem um lanche. Acrescentaram a isso o cinema, que, segundo eles, é outra paixão dos britânicos, ao lados do chá e dos gatos.

“É comprovado que a interação com gatos reduz os níveis de estresse, o que também leva à redução da pressão arterial”, diz Paula.

Gatos sociáveis e áreas ‘livres de humanos’

O casal diz que pretende adotar dez gatos; eles precisam ser sociáveis e gostar de estar perto de seres humanos e de outros gatos.

Para garantir o conforto dos bichos, os clientes do cat cinema deverão seguir regras como: não incomodar os gatos que estiverem dormindo, não pegar os gatos do chão, evitar brincadeiras agressivas, não dar alimentos trazidos de fora e não tirar fotos com flash, segundo o site do “Great Kitten”.

Além disso, o projeto prevê a existência de duas áreas “livres de humanos” no cinema: uma interna e outra externa, onde eles poderão ficar sozinhos tomando sol e curtindo os barulhos da rua.

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Projetos sociais

Além de ajudar os londrinos a relaxar e evitar problemas de saúde, o cinema com gatos deve manter ações sociais, afirma o casal.

Uma proposta é promover a adoção de animais e ajudar abrigos a divulgar gatos disponíveis para adoção, tanto em um mural no cinema quanto por meio das redes sociais.

Eles também sugerem oferecer terapia com os gatos para crianças e adultos com problemas mentais, deficiências ou doenças terminais.

Em tempo: o cinema não irá exibir apenas filmes sobre gatos, diz o projeto.

Mais informações: http://www.greatkitten.london/ ou https://www.facebook.com/greatkitten

Vaquinha virtual: https://www.indiegogo.com/projects/great-kitten-world-s-1st-cat-cinema-in-london

Leia post do Pet Money sobre o cat café em Sorocaba (SP): SP adapta loja que aluga carinho de gatos e faz 1º cat café com ‘aquário’

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SP adapta loja que aluga carinho de gatos e faz 1º cat café com ‘aquário’
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Maria Carolina Abe

Capuccino, o gatinho da raça Ragdoll, "despreza" os clientes do café e se espreguiça em sua confortável cama verde

Mocaccino, da raça Ragdoll, “despreza” os clientes do café e se espreguiça em sua confortável cama

Os cat cafés são moda no Japão faz tempo, e começaram a se espalhar pela Europa e EUA mais recentemente. São lugares aonde os clientes vão não por causa das bebidas e quitutes, mas sim para brincar e fazer carinho nos gatinhos.

Esse tipo de negócio acaba de desembarcar aqui no país, mas adaptado com o tradicional “jeitinho brasileiro”. Como as regras de Vigilância Sanitária não permitem animais junto com a comida, a solução foi criar uma espécie de aquário para os gatos.

“Num primeiro momento, quando soube dessa restrição, fiquei bem desanimada. Mas, depois, pensei: tem restaurante que tem aquário. Então, vou fazer um aquário para gato”, conta Fabiana Ribeiro, dona do Café com Gato.

O café fica em Sorocaba, a 87 quilômetros de São Paulo, e começou a funcionar em maio deste ano, todos os dias, das 7h30 às 21h30.

São seis os gatos por ali: Espresso (vira-lata), Milk (da raça Sphynx), Chocolate (Maine Coon), Mocaccino (Ragdoll), Capuccino (Bengal) e Chantilly (Persa). Fabiana conta que descartou a ideia de ter gatos para adoção para evitar a rotatividade de animais e prevenir doenças.

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Todos juntos para o almoço: Espresso, Milk, Chocolate, Mocaccino, Capuccino e Chantilly

Os bichanos ficam em um espaço de 36 metros quadrados, que inclui uma sala fechada e um corredor ao ar livre, coberto com tela, onde eles podem tomar sol. A decoração é adaptada aos hábitos felinos, com várias prateleiras.

Um vidro separa a sala dos gatos do ambiente do café, e os clientes podem ficar apreciando os gatinhos enquanto comem, mas não há nenhum contato entre eles –só visual mesmo. “A gente atrai tanto quem gosta como quem não gosta dos gatos”, diz.

Fabiana conta que, no fim das contas, acabou preferindo essa separação. “Seria muito estressante para os gatos.” Ela diz que uma garotinha tentou até suborná-la com sua mesada, na tentativa de entrar na sala dos gatinhos, mas a oferta não colou.

Os bichos de raça foram comprados de criadores registrados. Todos são castrados e têm visita de uma banhista uma vez por semana, além de acompanhamento veterinário.

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Os bichanos têm um espaço de 36 metros quadrados; a decoração inclui várias prateleiras

E pra comer?

O café serve salgados (inclusive veganos, sem produtos de origem animal), bolos, tortas, lanches, saladas e massas.

Há algumas opções curiosas, como pão de queijo com Nutella e coxinha de jaca (o recheio é feito de jaca verde, mas fica parecendo palmito).

Em vez de cardápio de papel, o cliente recebe um tablet, onde registra seu pedido e tem acesso à conta, agenda do local e informações sobre a casa.

No fundo do café, Fabiana criou uma butique só com produtos para gatos ou para quem gosta deles –os chamados “gateiros”.

Fabiana Ribeiro largou emprego, vendeu carro e casa para abrir o café

Fabiana Ribeiro largou emprego, vendeu carro e casa para abrir o café

Largou tudo

“Abri mão de tudo: casa, trabalho, salário bacana, carro 0 km”, conta Fabiana.

Ela largou o emprego na área de compras em uma multinacional, vendeu a casa e o carro, e investiu R$ 300 mil no local, com reforma, compra de equipamentos e de estoque.

Entre a ideia e a inauguração, passaram-se 1 ano e 1 mês. O mais difícil, segundo ela, foi achar o ponto certo e alugar a casa –levou sete meses.


Pode, Arnaldo?

Estive no local num fim de semana e achei que os gatos estão muito bem. O espaço e o tratamento dado a eles me pareceram bastante adequados, e Fabiana gosta dos bichos –e eles, dela. Mesmo assim, procurei a opinião de ativistas de proteção aos animais.

Uma ONG de Sorocaba é a Fundação Alexandra Schlumberger. Falei com a fundadora e presidente da entidade, Eliana Allegretti. Ela disse que fez questão de conhecer o local quando foi inaugurado e virou freguesa. “Como defensora da causa animal, mãe de muitos gatos, 30 anos nesse ramo, não tenho nada contra nem que possa desabonar o local”, afirma. “Eles vivem muito bem, não ficam expostos, têm uma proteção de vidro, têm um verdadeiro playground, veterinário…”.

A ONG também é parceira do Café com Gato, que ajuda a divulgar campanhas de adoção de animais e de arrecadação de fundos, além de doar o dinheiro das notas fiscais paulistas sem CPF.

A Comissão de Defesa Animal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Sorocaba também esteve no Café com Gato e conversou com a dona do estabelecimento. A presidente da comissão, Ilka Sonia Micheletti, presidente da Comissão de Defesa Animal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Sorocaba, diz ter verificado que há lugar para os gatos tomarem sol, ração ‘da melhor qualidade’ e veterinário responsável. Afirmou que ainda é “prematuro se dar um aval de imediato sobre esse comércio”, mas disse que estão “acompanhando”.

Por outro lado, há quem critique o fato de parte dos gatos presentes no café serem de raça. É o caso da médica veterinária e gerente de programas veterinários da World Animal Protection, Rosângela Gebara. Ela não esteve no local, apenas viu fotos enviadas por mim por e-mail. “Comprar gatos não soa bem para quem gosta de gatos. (…) Ela não me parece uma gateira genuína. Até porque quem gosta de gato prioriza a adoção, em vez da compra de raças definidas”, disse. “Não é legal também quando você usa os animais como item de decoração, como um plus para atrair clientes. São seres vivos, têm necessidades.”

Serviço

Café com Gato
Horário: diariamente, das 7h30 às 21h30, inclusive domingos e feriados
Av. Pereira da Silva, 866, Sorocaba (SP)
Telefone: (15) 3326-0658
www.facebook.com/cafecomgatosorocaba

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