Empresas lançam petiscos para cães em forma de coxinha, churros e sushi
Maria Carolina Abe
Coxinha, bolinho de carne, sushi. De sobremesa, churros e brigadeiro. Esse cardápio digno de festa de aniversário está disponível no mercado. Para cachorros.
Diferentes empresas lançaram petiscos para pets com formas e cores que imitam guloseimas para os humanos.
Os ingredientes são completamente diferentes, claro. Tem carne, fígado de frango, farinha de trigo, aditivos nutricionais, entre outros.
O objetivo não é exatamente conquistar o bicho pelo estômago. Isso vem depois, na hora em que o pacotinho é aberto e que o animal sente o cheiro do snack. Antes, a ideia é fisgar o dono com o apelo emocional: a proposta de incluir o bichinho nos momentos felizes da família.
Afinal, a cor e a forma do alimento não têm muita importância para o pet, segundo o médico veterinário Jorge Meneghello, diretor do hospital veterinário Ethicus, em São Caetano do Sul (SP). “O animal percebe menos nuances de cores que o ser humano. Agora, o faro deles é muito bom. Cheiro e sabor os atraem”, diz. Portanto, forma de coxinha ou de sushi atraem é o dono.
Opções no mercado
A fabricante Petitos criou uma linha de produtos chamada “Delícias do Chef”, com coxinha, quibe, pastelzinho, mini salsicha, sushi, tortinha de frutas, mini churros, brigadeiro e beijinho. Segundo a empresa, “além de forma parecida com os nossos produtos, possui um aroma muito similar”.
A empresa Dog Beer, fabricante de cerveja para pets, lançou uma linha de petiscos com coxinha, bolinho de carne, picanha e linguiça. A proposta, segundo a empresa, é “que os cães possam acompanhar seus donos em festas e happy hours”, mas “sem riscos à saúde dos bichinhos”.
Já a fabricante Specialle Pet tem, entre seus produtos, os chamados “snacks finos”: coxinha, quibe, sushi, tortinha de frutas, brigadeiro e churros. A empresa vende também uma caixa com um mix de todos eles, chamada “linha festa”.
Coma com moderação
As próprias fabricantes advertem: os petiscos devem ser oferecidos como premiação ou agrado e não devem substituir a refeição do animal.
O veterinário Jorge Meneghello reforça: “Moderadamente, para ensinar ou premiar o animal, eu acho que vale a pena. Mas se isso se tornar excessivo, se o animal viciar e começar a pedir, ele pode até largar a ração pelo petisco, o que não é bom.”
Ele explica que os snacks são muito atraentes para os animais em termos de sabor e cheiro, mais do que a ração, mas não deve ser um alimento recorrente. “É como se fosse uma batata chips para o ser humano. Você pode comer de vez em quando, mas com moderação”, afirma.
“Em excesso, como tudo na vida, pode trazer problemas.”
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